Brilhantemente perdida, a agulha não sofre por ser pequena, sofre sim por ser diferente. Ela brilha solitária num lugar não seu, e se sufoca mesmo tão poderosa. Na terra da palha, ela não ameaça a ninguém, nem a palha, o balão ou ao dedo humano de princesa.
Perto do vão minúsculo onde se alojou falsamente protegida, a agulha aprendeu a sonhar e consolar-se com a força da esperança humana que sempre acredita poder salvá-la. E a cada nova manhã renasce junto à terra das agulhas, onde seu brilho não ameaça, nem se sufoque, onde seu trabalho seja tão óbvio quanto um bicho a miar e quando finalmente o ouvido da terra poderá deliciar-se como som do seu tilintar.
Fasciculações a Todos!!!!
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