Tenho achado a vida tão curiosa! A vida não acabará tão cedo, oh não, estamos na pré- história da vida! A vida parece ter vida própria no meu corpo.
Andei passando por motivações, cruzei várias vezes o caminho pela estrada principal, observei e ouvi falar das novas entradas, mas segui... caminhei... caminhei e quando já estava longe... voltei e peguei aquela estrada e não poderia tê-la aproveitado melhor.
Pobre de mim que penso dominar a vida, minha vida mãezinha! Que parece me impor as angústias, as dores, as euforias e toda minha paz. A vida me é o próprio mistério!Sinto-me tão miúda... e nunca amei tanto as reticências como quando ao pensar na vida.
Eu sei que não deveria estar dizendo palavras assim, posso ser mal interpretada. Quero deixar bem claro aqui para que quem me leia não me considere contraditória, sou assumidamente Marxista, amparada no materialismo- histórico-dialético, e sei que são unicamente os homens responsáveis pelo rumo da história da humanidade, mas não estou falando de política! Refiro-me a algo maior, a algo que prende ao seu corpo tudo aquilo que parece não fazer parte dele, ao aleatório, às características que são suas...
O que na verdade sou eu? Sou realmente responsável pelo que faço? Não pelo que faço de ruim, mas pelo que faço de bom sem me esforçar, sou realmente eu que controlo tudo que passa por mim? Seria eu um poço de reações? De reações inesperadas? Penso assim já me supondo livre, livre das imposições sociais, do querer manipulado, não... não... para além destes descontos.
Outro dia mergulhada em devaneios fiquei a meditar; A vida deve está sempre a nos usar, fiquei pensando que o mundo, a própria vida, deve ter um objetivo muito maior e mais importante que nós e que para que ele se realize é fundamental que nós estejamos vivos, nós como humanidade. Nunca consegui entender porque a vida quer tanto nos ver vivos, nos dando reflexos, defesas... a ela não importa como viveremos, pois ela nos permite adaptar as mais diversas(e desumanas) condições, ela nos usa sem remorso, para ela pouco importa se seremos felizes ou não, ela só quer que fiquemos vivos...
Outro dia, então ignorei tudo isso, ouvi uma palavra, fiquei tão feliz que logo pensei que a vida realmente me amava. Eu não sei de onde vem os pensamentos mais confusos que tenho, as palavras que realmente parecem expulsas (e não criadas) por mim. Mas de onde viriam elas... ? De onde viria eu...?
Penso que só conseguiremos responder estas perguntas após vencermos a vida, após dominá-la... Mas não é este meu objetivo... Jamais será, reconheço bem seu poder e é a única de quem aceito com calma e sem culpa toda forma de dominação!
Esta postagem é uma resposta à postagem " Pra Pensar na Vida" do blog " Vou Fazer Cena, Amor" da Laura Souguellis. Vale a pena conferir!
http://voufazercena.blogspot.com/2011/10/pra-pensar-na-vida.html
Fasciculações a Todos!