Os olhos seguem
e todo resto muta!
Feito as voltas da terra
num punhado de flores de jardim.
Agora há cor
irradiando discreta
naquele mesmo olhar de tristeza!
E basta definir cor
para aquilo perder seu sentido.
Pro desbotado em laranja
significar o constante marrom
que nunca quis deixar o reino.
Mas quem sou, para julgar as cores?
pra hierarquizar sentimentos nobres?
O fogo é pouco menos
que o calor da expressividade sombria.
A Sombra é tudo de belo
num campo de falsa alegria.
Porquanto me encantar
com traços delicadamente seguidos
ilumina os olhos da minha cor,
tal quanto fogueiras em flor
brilhantes nas olheiras da voz
tal quanto palavras poetas
criadas pra sempre mentir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário