" Pastora de núvens fui posta a serviço
por uma campina tão desamparada
que não principia nem também termina,
e onde nunca é noite e nunca madrugada"

Destino - Cecília Meireles





sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A Sinceridade Morreu

   
                                                      


     As pessoas não querem mais ser amadas! A elas importam mais atitudes que as façam aparentar ser dignas deste sentimento, de preferência com bastante clareza para convencer os amigos, o mundo e a si mesmas, com as palavras certas.
      A ninguém importa meu jeito de amar, mas todos sabem o que eu deveria fazer com a precisão de uma ponta de língua, todos sabem o que aparenta ser um amor, pelo outro, pela vida e por mim mesma.A ninguem importa quem sou e quem és, mas sim como extrair de mim palavras e ações, que lhes possam ser úteis.
     A sinceridade perdeu a moda,vive agora no máximo, atos travestidos que buscam justificar formas de agredir os outros, como o mundo nos agride. Sua sinceridade não te faz caminhar, a falta dela te destroi,mas pouco importa está destruído desde que as palavras possam ser usada para celebrar o contrário.
     E eu que reconheço toda forma de amar, tento me acalmar. Basta um dizer meu nome com carinho, ou um respeitar meu descanso. Mas vale me amar tentando mudar minha aparência, ou meu modo de ser e agir, por que mesmo que não acate, considerarei bem.
      E eu que não deixo a sinceridade morrer em mim, tenho tão pouco poder sobre o mundo.  E eu que não liberto  ninguém, me iludo tentando ser livre!


   Fasciculações a Todos!!!!


Mistério do Planeta

Os Novos Baianos

 

Vou mostrando como sou,
E vou sendo como posso
Jogando meu corpo no mundo,
Andando por todos os cantos
E pela lei natural dos encontros
Eu deixo e recebo um tanto
E passo aos olhos nus
Ou vestidos de lunetas,
Passado, presente,
Participo sendo o mistério do planeta
O tríplice mistério do "stop"
Que eu passo por e sendo ele
No que fica em cada um,
No que sigo o meu caminho
E no ar que fez e assistiu
Abra um parênteses, não esqueça
Que independente disso
Eu não passo de um malandro,
De um moleque do brasil
Que peço e dou esmolas,
Mas ando e penso sempre com mais de um,
Por isso ninguém vê minha sacola
.



 








    

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